Planejamento para o Teatro Regina-Dulcina
Proposta do Movimento Dulcynelândia
Ao Sr. Sérgio Mamberti,
à Sra. Myriam Lewin
e
toda diretoria da Funarte
O Movimento Dulcynelândia vêm desde o inicio do ano propondo um projeto para o Teatro Regina-Dulcina, que envolve diversas questões que inicialmente só poderão ser resolvidas pela FUNARTE ou através da mesma.
Fizemos um primeiro documento, entregue no dia 09/12/2008, com propostas apresentadas para uma reforma emergencial para que o Teatro volte a funcionar imediatamente.
Recebemos a resposta por email, nos informando sobre o final do exercício e a impossibilidade de atender a qualquer projeto/orçamento ainda esse ano.
Porém existem algumas questões que precisamos levantar nesse momento e que não envolve nenhum recurso orçamentário inicialmente.
1 – A Funarte fez algum tipo de solicitação de Tombamento do Teatro Dulcina-Regina ao IPHAN?
Essa questão é muito importante que saibamos, pois se for feito um pedido de tombamento sem que seja feito junto um pedido de modificação do palco original, o projeto de reforma terá necessariamente que ser como o Teatro original, e essa obra custará mais caro e não será funcional para as atuais atividades teatrais.
Por isso solicitamos que nenhum pedido de tombamento seja feito neste momento, pois é necessário ser organizado o material para uma solicitação de “Título de Patrimônio Imaterial”para Dulcina de Moraes, que iria automaticamente proteger todo o patrimônio a ela relacionado.
Dessa forma o Teatro Regina-Dulcina ficará protegido historicamente, mas poderá ser renovado desde que respeite a arte da arquitetura inicial, possibilitando modificações no palco, não necessitando das cadeiras de couro, cortinas de veludo, entre outros detalhes que podem ser substituídos atualmente.
2 – De que forma será realizado o projeto para reforma do Teatro Regina-Dulcina? Foi feita uma Licitação? Ou o financiamento para reforma do teatro pode vir de investimento externo?
O Movimento Dulcynelândia tem arquitetos e engenheiros que estão acompanhando e orientando para que o projeto seja realizado da melhor forma possível.
Se for o caso de uma Licitação para que seja realizado um projeto para uma obra pública, propomos que essa comissão de arquitetos e engenheiros que representam o Movimento Dulcynelândia acompanhe o grupo que irá fazer o projeto (sabendo que este será decido por edital). Dessa forma teremos garantido o diálogo entre os artistas, que sabem exatamente quais são as necessidades para se fazer teatro, e os profissionais especializados que saberão o que poderá ser feito no Regina-Dulcina.
Em caso de patrocínio ou investimento de alguma empresa que se interesse pelo projeto que o Movimento Dulcynelâdia propõe para o Teatro Regina-Dulcina, essa mesma comissão de arquitetos e engenheiros podem executar o projeto de reforma?
3 – Reabertura Imediata do Teatro Regina-Dulcina
Propomos que o Movimento Dulcynelândia possa ocupar o Teatro, antes mesmo que seja feito o projeto para Reforma. Apenas restaurando, após uma revisão especializada, para que nos dê condições de “usar” o espaço sem que ele seja modificado.
Sendo essa uma condição paralela, enquanto as decisões financeiras para realização do projeto de reforma são decididas.
A ocupação do Teatro possibilita a continuidade do diálogo com as crianças, adolescentes e adultos da Ocupação Manuel Congo do centro do Rio, já estabelecido com o Movimento durante este ano através dos “CHUTES” realizados na porta do Teatro.
4 – Apresentação da peça “À Morta”
Em 03 de fevereiro (aniversário de Dulcina de Moraes), propomos levar a peça “À Morta” para dentro do Teatro concretizando o diálogo iniciado, comemorando além do centenário, renovando e dando continuidade.
Sendo este um dia em que o Movimento junto com Funarte concretize o diálogo estabelecido, em que possamos apresentar e abrir o teatro aos artistas que estão também interessados em fazer do Teatro Dulcina um espaço diferente, de pesquisa, uma Universidade Livre aberta à população.
Rio de janeiro, 19 de dezembro de 2008
Atenciosamente,
MOVIMENTO DULCYNELÂNDIA
Acauã Sol
Alexandra Arakawa
Fredy Állan
Karina Lopes
Rafael Mannheimer
Rodrigo D' Nega
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